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Brasil,26/06/2025

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Aliados da Otan optam pela bajulação para assegurar a convivência amistosa com Trump

g1.globo.com
Aliados da Otan optam pela bajulação para assegurar a convivência amistosa com Trump


Presidente americano é elogiado e sai vitorioso de Haia, após obter dos sócios da aliança o compromisso de aumentarem os gastos com defesa. OTAN amplia gastos militares
Os membros da Otan parecem ter constatado que a bajulação é o caminho mais curto para uma convivência amistosa com o comandante do país que é o principal financiador da aliança atlântica. Avesso aos encontros multilaterais, o presidente Donald Trump saiu satisfeito, como vitorioso da reunião de cúpula em Haia: além dos elogios, ele obteve de 30 sócios o compromisso de aumentar os gastos de defesa para 5% do PIB.
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Esta era uma demanda antiga do presidente americano, que volta e meia intimidava os aliados de não cumprir o pacto de defesa mútua da Otan se eles não contribuíssem com mais recursos e “assumissem o fardo da segurança da Europa”.
Sob a ameaça da Rússia na porta da Europa, os integrantes da Otan concordaram em ampliar as suas contribuições em troca da proteção americana em caso de ataque.
O relacionamento tenso entre Trump e os parceiros da aliança, registrado em outras reuniões de cúpula, dissipou-se em Haia, onde ele foi até chamado de “papai” e bom amigo pelo secretário-geral, Mark Rutte.
"Você imaginaria que este seria o resultado desta cúpula se ele não tivesse sido reeleito presidente?", questionou Rutte, que não poupou esforços nesta nova abordagem aduladora.
Vaidoso, Trump se rendeu ao zelo excessivo do secretário-geral e assegurou, finalmente, o compromisso com o Artigo 5 da Otan: um ataque contra um ou vários aliados é considerado um ataque a todos.
Na ânsia de levar o crédito por toda e qualquer conquista, ele compartilhou uma mensagem de texto enviada pelo secretário-geral na véspera da reunião. “Parabéns e obrigado por sua ação decisiva no Irã. Isso foi realmente extraordinário e algo que ninguém mais ousou fazer”, escreveu.
Trump fala à imprensa após cúpula da Otan na Holanda
Piroschka Van De Wouw/Reuters
O tom elogioso de Rutte esbanjava superlativos. “Não foi fácil, mas conseguimos que todos assinassem os 5%! Você conseguirá algo que nenhum presidente americano conseguiu em décadas. A Europa vai pagar em grande escala, como deveria, e será a sua vitória.”
Era a música perfeita para os ouvidos de Trump. O único acorde dissonante foi emitido pelo premiê espanhol, Pedro Sánchez, que não aderiu ao compromisso de gastar 5% do PIB em defesa nem à bajulação. Ele entrou e saiu da reunião sem cumprimentar o presidente americano.
A Espanha manteve os gastos militares em 2,1% do PIB — “um investimento suficiente, realista e compatível com nosso modelo social”, de acordo com o primeiro-ministro.
Sánchez vai pagar caro pelo desafio a Trump, que prontamente retomou o tom ameaçador usando o mantra do tarifaço em um futuro acordo comercial: “Vamos fazer a Espanha pagar o dobro em tarifas”.
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