Secretaria de Saúde do estado informou que lotação ocorre em leitos clínicos e de UTIs do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e do Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Macapá. Governo do Amapá declara situação de emergência em saúde pública após aumento de casos de síndromes gripais
Gabriel Maciel/Sesa
O governo do Amapá declarou situação de emergência na saúde pública após o aumento de casos de síndromes respiratórias. A medida, publicada na terça-feira (20), destacou que 100% dos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e do Pronto Atendimento Infantil (PAI) estão ocupados.  A Secretaria de Saúde (Sesa) informou que na última semana foi registrado um aumento de 25% nas internações. De abril até terça-feira (20), o PAI registrou 1.215 crianças com síndrome gripal, e 257 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Veja as medidas anunciadas:
Abertura de leitos;
Reorganização do fluxo de atendimento;
Adaptação da mais salas vermelhas: suporte avançado à vida, atuando como uma semi-intensiva;
Salas brancas: caracterizada por um controle rigoroso do ambiente, projetada especificamente para minimizar a contaminação.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) informou que o Amapá está em nível de alerta ou risco com surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelos Vírus Sincicial Respiratório (VSR), agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Também há casos de Influenza A e B e Covid-19.
“Inicialmente os casos eram esperados em razão do período sazonal do inverno amazônico, mas os atendimentos estão acima do esperado na nossa rede hospitalar. O governador está comprometido em tomar todas as medidas necessárias para garantir assistência em saúde, mas é fundamental que as famílias e toda a população contribuam tomando os devidos cuidados preventivos”, informou a secretária de Saúde do Amapá, Nair Mota.
O Hospital da Mulher Mãe Luzia também registrou aumento de casos. De janeiro até esta quarta-feira (21), a maternidade contabilizou 51 casos com síndromes respiratórias em bebês com até 28 dias de vida, desses 14 foram atendidos na UTI Neonatal e 4 chegaram a ficar entubados. Na maioria dos casos, os recém-nascidos já tinham recebido alta e contraíram o vírus em casa.
O Hospital Estadual de Santana, de abril até terça-feira (20) foram registrados 3.044 pacientes com quadro de síndromes respiratórias.