Fechar o Estreito de Ormuz seria 'extremamente perigoso', diz chefe da diplomacia da UE

O bloqueio foi aprovado pelo Parlamento do Irã neste domingo (22), mas a proposta ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor. Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz
O fechamento do Estreito de Ormuz, uma passagem fundamental para o trânsito de petroleiros, seria "extremamente perigoso", advertiu a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, nesta segunda-feira (23).
"O fechamento do Estreito de Ormuz por parte do Irã seria extremamente perigoso, e não seria bom para ninguém", disse a estoniana antes de uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Bruxelas.
O bloqueio foi aprovado pelo Parlamento do Irã neste domingo (22), após bombardeio dos Estados Unidos em três instalações nucleares iranianas. No entanto, a proposta ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor.
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A crise desencadeada pelos bombardeios de Israel e dos Estados Unidos contra posições estratégicas no Irã é um dos principais temas da reunião de ministros da União Europeia nesta segunda.
O Estreito de Ormuz é a "artéria" da indústria petrolífera mundial, por onde passa cerca de um quinto de toda a produção global do insumo.
Estreito de Ormuz
Arte/g1
Neste domingo, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, pediu ao governo da China que ajudasse a dissuadir o Irã de fechar o estreito, um gesto que teria um efeito devastador para a distribuição mundial de petróleo.
"Peço ao governo chinês que converse com eles sobre este assunto, já que dependem em grande medida do Estreito de Ormuz para seu fornecimento de petróleo", declarou Rubio ao canal Fox News.
O Irã ameaçou os Estados Unidos com "consequências graves" por sua participação nos bombardeios e alertou sobre o risco de expansão do conflito para todo o Oriente Médio.
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