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Brasil,23/06/2025

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'Helicóptero pode causar uma situação ainda pior', diz brasileira que está na Indonésia sobre resgate de jovem que caiu em trilha

g1.globo.com
'Helicóptero pode causar uma situação ainda pior', diz brasileira que está na Indonésia sobre resgate de jovem que caiu em trilha


A brasileira reclama ainda da morosidade das equipes de resgate. Segundo ela, 'senso de urgência é totalmente diferente'. De acordo com a administração do parque, Juliana foi vista a partir de um drone e estava imóvel. Amiga conta dificuldades enfrentadas para resgatar Juliana Marins
A brasileira que está na Indonésia acompanhando o resgate da Juliana Marins, que caiu da trilha no vulcão Rinjani, disse que o gerente do parque explicou que é difícil usar um helicóptero nessas condições. Juliana, de 26 anos, espera há quase 50 horas por resgate.
"Eu perguntei para o gerente do parque sobre a possibilidade do helicóptero. Eles falaram que não é possível nessas condições, que é muito perigoso. O próprio helicóptero pode causar uma turbulência que pode fazer despancar coisas e causar uma situação ainda pior", afirma Lara Fassarella Pierri.
Lara é amiga em comum de Juliana e estava de férias no país quando soube do acidente. Ela foi para Lombok acompanhar de perto.
A turista explicou ainda que os montanhistas vão mudar o acampamento-base de local para tentar chegar mais perto da vítima.
A niteroiense foi localizada numa distância entre 500 e 600 metros abaixo da trilha com a ajuda de um drone nesta segunda-feira (23), depois de passar mais de 24 horas desaparecida. Ela caiu desfiladeiro abaixo por cerca de 300 metros, mas depois de uma chuva e neblina não tinha sido mais vista.
Nas novas imagens, ela estava imóvel. O resgate foi novamente interrompido por condições climáticas.
Com as novas informações, a equipe de resgate deve mudar o acampamento e ancoragem da corda para um local mais baixo, numa tentativa de se aproximar do ponto onde ela foi avistada.
Alpinistas tentam acessar local onde brasileira está na Indonésia
"Para eles alcançarem essa parte eles precisam de mais espaço de corda, pelo que eles disseram. A corda alcança 450 metros e ela está a uns 500 metros. O plano principal com a equipe de resgate que já estava lá na montanha é descer e fazer uma base lá. Não sei em termos técnicos o que é mas prender ali essa base e usar a corda para descer até onde ela está", afirma Lara.
Ela reclama da morosidade das equipes.
"Prepararam a corda e deixaram a corda e todo mundo parou, sentado, conversando. Eu tive que chegar e falar 'o que tá acontecendo, vocês estão todos com um sorriso no rosto, o que que tá acontecendo? É uma emergência, é uma emergência'. Eles se explicaram que eles na verdade estavam esperando chegar mais uma pessoa para poder subir, o senso de urgência é totalmente diferente, é uma coisa até meio chocante", completa.
Dois alpinistas experientes se juntaram à equipe que tenta resgatar a brasileira. Segundo a família da jovem, os profissionais “estão indo ao encontro do local do acidente de Juliana”.
“Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local”, informou o perfil @resgatejulianamarins, criado por parentes e único canal oficial de atualizações.
O Parque Nacional do Monte Rinjani fica na Ilha de Lombok, na Província de Sonda Ocidental, e o fuso horário local está 11 horas à frente de Brasília.
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Críticas
O perfil criado pela irmã para passar informações sobre o resgate fez críticas às autoridades da Indonésia.
“O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha, enquanto Juliana está precisando de socorro! Nós não sabemos o estado de saúde dela! Ela segue sem água, comida e agasalhos! Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”, escreveu.
Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma, eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem planejamento, competência e estrutura!”
O resgate havia sido suspenso neste domingo (22) também por causa das condições climáticas difíceis, com muita neblina.
A irmã de Juliana, Mariana, disse em entrevista ao Fantástico que ainda tem esperança de que ela seja encontrada.
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Quem é a brasileira que caiu em trilha e espera resgate na Indonésia
Informação desencontrada
Irmã de brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia desmente resgate
A família da brasileira negou neste domingo (22) informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho.
“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana, que está no Brasil.
Drone flagra brasileira que caiu em trilha na Indonésia
A irmã também denunciou que vídeos divulgados como sendo do momento do resgate foram forjados.
"Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele", disse Mariana.
O embaixador do Brasil na Indonésia admitiu, em ligação registrada pelo Fantástico, que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
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Em uma postagem nas redes sociais, Mariana deu detalhes sobre a queda da irmã na trilha. Segundo ela, Juliana saiu com um grupo de 5 pessoas e um guia local. O grupo já estava em seu 2º dia de trilha, quando Juliana disse que estava cansada para continuar.
"O guia falou: 'então descansa' e seguiu viagem. A gente tinha recebido a informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído. Não foi isso que aconteceu".
"O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana", disse Mariana.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
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