Esta será a terceira vez que o premiê israelense visita o presidente dos EUA em menos de seis meses. No radar estão as negociações para um acordo de cessar-fogo com o Hamas. Terroristas do Hamas aceitam proposta de cessar-fogo mediada pelos EUA
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reúne nesta segunda-feira (7) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. Esta será a terceira visita de Netanyahu a Washington desde que Trump voltou à presidência, em janeiro.
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O principal tema do encontro é um possível acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, com libertação de reféns. Israel e Hamas estão realizando conversas indiretas em Doha, com mediação do Catar e do Egito, além do apoio dos EUA.
Um representante israelense descreveu o clima nessas negociações como positivo, embora as primeiras reuniões tenham terminado sem grandes avanços.
A proposta americana prevê um cessar-fogo de 60 dias, com liberação gradual de reféns, retirada parcial de tropas israelenses de Gaza e discussões sobre o fim definitivo da guerra. Trump disse que há boa chance de um acordo ser fechado nesta semana.
Antes de viajar, Netanyahu afirmou que vai aproveitar o encontro para agradecer a Trump pelos ataques americanos contra instalações nucleares no Irã, realizados no mês passado. Os bombardeios resultaram em um cessar-fogo entre Israel e Irã, após 12 dias de guerra.
Avi Dichter, ministro israelense e integrante do gabinete de segurança de Netanyahu, disse esperar que o encontro com Trump também aborde a possibilidade de normalizar relações com Líbano, Síria e Arábia Saudita.
"Acho que vai se concentrar, antes de mais nada, em um termo que usamos muito, mas que agora tem significado real: um novo Oriente Médio", disse ele à emissora pública israelense Kan nesta segunda-feira.
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O lado de Trump
Donald Trump e Benjamin Netanyahu
REUTERS/Leah Millis
Trump disse que irá discutir com Netanyahu questões ligadas ao programa nuclear do Irã. Na sexta-feira (4), ele afirmou acreditar que os bombardeios dos EUA e de Israel danificaram as instalações iranianas de enriquecimento de urânio, mas admitiu que Teerã pode tentar retomar o programa.
Além disso, o presidente americano quer que o governo iraniano volte a negociar com os EUA um acordo para impedir o desenvolvimento de uma bomba atômica.
Para Trump, manter Netanyahu fortalecido em Israel essencial para avançar nessas negociações regionais e manter a influência dos EUA no Oriente Médio. Ele tem demonstrado forte apoio ao premiê israelense, a ponto de se envolver na política interna de Israel.
No fim de junho, Trump usou as redes sociais para criticar os promotores responsáveis pelo julgamento de corrupção contra Netanyahu, que acusado suborno, fraude e abuso de confiança. O premiê nega as denúncias.
Trump argumentou na semana passada que o processo contra Netanyahu poderia atrapalhar a capacidade do aliado de negociar com o Hamas e o Irã.
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