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Brasil,12/05/2025

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Ações da China disparam e fecham em alta após acordo sobre tarifaço com os EUA; yuan se valoriza

g1.globo.com
Ações da China disparam e fecham em alta após acordo sobre tarifaço com os EUA; yuan se valoriza


No acordo, os dois países concordaram em modificar a taxa adicional de frete dos produtos importados. Os dois lados ainda devem continuar com negociações. Investidores chineses monitoram preços das ações em uma corretora em Pequim.

As ações chinesas fecharam em alta e o yuan se fortaleceu nesta segunda-feira (12) depois que Estados Unidos e China anunciaram um acordo para reduzir as tarifas recíprocas, em uma importante desescalada da guerra comercial que ameaçava a economia global.
Falando após negociações com autoridades chinesas em Genebra no fim de semana, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse a repórteres que os dois lados chegaram a um acordo para uma pausa de 90 dias nas medidas, e que as tarifas recíprocas seriam reduzidas em 115%.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas da China e de Hong Kong no fechamento:
🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 1,40%
🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,12%
As outras principais bolsas asiáticas, do Japão e da Coreia do Sul, já haviam fechado após o anúncio.
O yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses, enquanto sua versão offshore avançou mais de 0,5%.
“O resultado superou muito as expectativas do mercado. Antes, a esperança era apenas de que os dois lados se sentassem para conversar, e o mercado estava muito fragilizado”, disse William Xin, presidente do fundo hedge Spring Mountain Pu Jiang Investment Management, em Xangai.
“Agora há mais certeza. As ações chinesas e o yuan devem permanecer em alta por um tempo.”
Acordo sobre tarifaço
A China e os Estados Unidos divulgaram, na madrugada desta segunda-feira (12), que chegaram a um acrodo a respeito do tarifaço de Donald Trump. Representantes das duas potências se encontraram neste domingo (11) para discutir taxas sobre importações.
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse a jornalistas que as duas partes concordaram com uma pausa de 90 dias nas medidas, e que as tarifas recíprocas seriam reduzidas em 115%.
No acordo, os dois países ainda devem diminuir a taxa adicional de frete dos produtos importados. A informação é da agência de notícias Reuters.
Negociações
Estados Unidos e China indicaram, neste domingo (11), que avançaram nas negociações para reduzir tarifas comerciais após a escalada das últimas semanas, em que as taxas passaram de 100%.
Representantes dos dois países participaram de reuniões durante o fim de semana, em Genebra, na Suíça. Apesar das declarações otimistas, nenhuma medida concreta foi anunciada.
"Estou feliz em informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais", informou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, confirmou o progresso nas conversas, que ele chamou de "francas, aprofundadas e construtivas".
Sem dar mais informações, Lifeng afirmou que ambos os lados chegaram a um "consenso importante".
Além de Scott Bessent e He Lifeng, o representante comercial americano Jamieson Greer participou das reuniões.
Neste domingo (11), Greer afirmou a repórteres que as diferenças entre as duas potências econômicas em questões comerciais "não são tão grandes quanto se pensava". "Foram dois dias muito construtivos. É importante entender a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo."
Escalada de tarifas
Os EUA cobram uma tarifa de 145% sobre todas as importações chinesas, após uma escalada que começou no chamado "Dia da Libertação", quando Trump anunciou tarifas a mais de 180 países.
A China, por sua vez, aplicou uma taxa de 125% sobre produtos americanos.
Em sua primeira declaração sobre o encontro em Genebra, Trump afirmou na quinta (8) que acreditava em uma reunião "amigável" e em negociações "substanciais".
Na sexta (9), acrescentou que tarifas de 80% sobre as importações de produtos chineses "pareciam corretas".
No início do mês, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas que os EUA precisavam "demonstrar sinceridade" e disposição para "corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais".
Trump diz que vai negociar novas tarifas com a China
Relembre a guerra tarifária entre China e EUA
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.
A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.
Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.
Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.
A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".
Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.
A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.
No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.
O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.
Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.
Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%. 




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