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Brasil,12/05/2025

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Bolsas de Nova York disparam após acordo entre China e EUA sobre tarifaço

g1.globo.com
Bolsas de Nova York disparam após acordo entre China e EUA sobre tarifaço


Durante 90 dias, as taxas 'recíprocas' sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%; já as tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Entrada da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em Wall Street, em 7 de abril de 2025
REUTERS/Kylie Cooper/Foto de arquivo/Foto de arquivo
Os principais índices de ações dos Estados Unidos abriram em forte alta nesta segunda-feira (12), por causa do acordo que o país estabeleceu com a China para reduzir o tarifaço implementado pelo presidente americano Donald Trump.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas de Nova York por volta das 10h30:
Dow Jones subia 2,37%;
S&P 500 subia 2,73%;
Nasdaq subia 3,70%.
As duas maiores economias do mundo concordaram em reduzir significativamente as chamadas "tarifas recíprocas" sobre produtos de importação durante 90 dias. (leia mais aqui)
Neste período, as taxas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%.
Quando Trump anunciou as primeiras "tarifas recíprocas" a mais de 180 países, no que ele chamou de "Dia da Libertação", no início de abril, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020, ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19.

O mercado entende que o aumento das tarifas sobre produtos importados pelos EUA pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Isso pode levar a uma desaceleração da maior economia do mundo ou até mesmo a uma recessão global.
"O mercado precisa se recalibrar para a situação anterior ao 'Dia da Libertação', e isso parece uma economia em crescimento muito construtiva", disse Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital LLC, à Reuters.
"Esta é uma redução substancial da tensão. No entanto, os EUA ainda impõem tarifas muito mais altas à China", ponderou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics. "Não há garantia de que a trégua de 90 dias dará lugar a um cessar-fogo duradouro."
▶️ Bolsas asiáticas
Na China, as bolsas também dispararam após o acordo e fecharam em alta. O yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas da China e de Hong Kong no fechamento:
🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 1,40%;
🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,12%.
O acordo foi mais longe do que muitos analistas esperavam. "Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters.
"Obviamente, essa é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo", acrescentou Zhang.
As outras principais bolsas asiáticas, do Japão e da Coreia do Sul, já haviam fechado antes do anúncio.
▶️ Bolsas europeias
As bolsas da Europa também operam em alta nesta segunda-feira.
📉 Veja o desempenho dos principais índices por volta das 9h30:
🇩🇪 o DAX, da Alemanha, subia 0,74%;
🇫🇷 o CAC 40, da França, subia 1,54%;
🇬🇧 o FTSE 100, do Reino Unido, subia 0,59%;
🇮🇹 o Itália 40, da Itália, subia 1,79%;
🇪🇸 o IBEX 35, da Espanha, subia 0,68%;
🇳🇱 o AEX, da Holanda, caiu 1,98%;
🇨🇭 o SMI, da Suíça, subia 0,07%.
China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço
Relembre a guerra tarifária entre China e EUA
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.
A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.
Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.
Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.
A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".
Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.
A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.
No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.
O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.
Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.
Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.
Os Estados Unidos querem tirar da China as vantagens em tratados internacionais por ser considerado um país em desenvolvimento
AP - Andy Wong




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