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Brasil,23/06/2025

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O que aconteceu com estoque de urânio do Irã? Após Trump anunciar aniquilação de programa nuclear, autoridades admitem dúvidas

g1.globo.com
O que aconteceu com estoque de urânio do Irã? Após Trump anunciar  aniquilação de programa nuclear, autoridades admitem dúvidas


Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização nuclear da ONU, informou que não houve aumento nos níveis de radiação após o ataque e que "Irã não escondeu que protegeu material". Pronunciamento de Donald Trump após ataque ao Irã
Um dia após Donald Trump anunciar que o ataque contra o Irã foi "um sucesso" e que as três instalações nucleares do país (Fordow, Natanz e Isfahan) sofreram "danos extremamente severos", altos funcionários do governo americano admitiram não saber o destino do estoque de urânio.
"Trabalharemos nas próximas semanas para garantir que façamos algo com esse combustível, e esse é um dos assuntos sobre os quais conversaremos com os iranianos", disse o vice-presidente JD Vance ao programa "This Week" da ABC no domingo (22).
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização nuclear da ONU, informou que não houve aumento nos níveis de radiação após o ataque.
De acordo com duas autoridades israelenses ao New York Times, há evidências de que o Irã transferiu equipamentos e urânio de Fordow e Isfahan nos últimos dias.
Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou à CNN no domingo que "o Irã não escondeu que protegeu este material".
Impacto nas instalações
Imagens de satélite feitas no domingo (22) mostram crateras recentes na região de Fordow, provavelmente causadas pelos bombardeios dos EUA, bem como poeira cinza e detritos espalhados pela encosta da montanha, indicando que as explosões não causaram estragos tão 'severos' como Trump anunciou.
Stu Ray, analista de danos da McKenzie Intelligence Services, disse à BBC que as bombas usadas pelos militares americanos não são projetadas para detonar na superfície, mas sim em áreas profundas. Isso explicaria por que as explosões não causaram um grande impacto visível. O que se vê no solo, como coloração cinza, podem ser detritos de concreto expelidos pelas explosões.
GIF de ANTES e DEPOIS: imagens mostram instalação nuclear de Fordow, no Irã, após ataque dos Estados Unidos
Planet Labs PBC via AP
Radiação, vítimas e danos: veja perguntas e respostas
Como o Irã poderá retaliar os EUA?
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou que os EUA "devem receber uma resposta pela sua agressão". "Sempre afirmamos que estamos prontos para nos envolver e negociar dentro da estrutura do direito internacional, mas, em vez de aceitar a lógica, o outro lado exigiu a rendição da nação iraniana", disse ele em um comunicado.
Analistas apontam três caminhos estratégicos possíveis para o Irã:
Revidar com força e rapidez: A troca de mísseis entre Irã e Israel já dura dez dias, mas retaliar contra os EUA representa um novo nível de risco — não só para o Irã, mas para toda a região. Estima-se que o Irã ainda detenha cerca da metade de seu estoque original de aproximadamente 3.000 mísseis, tendo usado e perdido o restante nos embates com Israel.
Revidar mais tarde: Essa opção envolveria esperar até que a tensão atual diminuísse e lançar um ataque surpresa no momento escolhido pelo Irã — quando as bases dos EUA não estivessem mais em alerta máximo. Esse ataque poderia atingir missões diplomáticas, consulares ou comerciais dos EUA, ou ainda envolver o assassinato de indivíduos.
Não retaliar: Essa seria uma atitude de grande contenção por parte do Irã, mas evitaria novos ataques dos EUA. O país poderia inclusive optar pela via diplomática e retomar as negociações com os americanos — embora o chanceler iraniano tenha afirmado que o Irã nunca abandonou essas negociações, e que foram Israel e os EUA que as destruíram.




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